sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Subindo o morro



Estava revendo fotos antigas e essa me roubou alguns minutos. Essa me parece uma boa metáfora da vida. Às vezes tenho a impressão que estamos sempre subindo um barranco. E cada um encara a subida de acordo com suas leituras de mundo, suas perspectivas de vida e seus "eu".
Antes da minha filha, subiram outras pessoas da família. fui o primeiro. Subi rindo das dificuldades do terreno. É bem assim que encaro a vida. Quanto mais dificuldade, mais eu rio.
Depois subiu meu pai. Subiu reclamando de quão íngreme era o morro. Papai envelheceu e vive reclamando de tudo.
Subiu minha irmã. Parava, respirava, continuava, fazia um comentário, reclamava. Nunca frequentou uma academia.
Subiu meu filho na velocidade do Usain Bolt. Jovem adulto, vive tudo muito intensamente.
Por último subiu a Larissa. Subiu rindo, cantarolando, brincando. Provavelmente foi a única que apreciou as coisas boas que estavam em volta, como por exemplo, o Rio Negro ali no fundo.

Crônica da bunda ou bunda crônica?

O assunto por essas bandas de cá é bunda. Não sou contra e nem a favor, não sou de esquerda e nem de direita. Não me julgo um contra-bunda. Mas também não sairia nas ruas com a faixa "Vem pra bunda". Pega mal, não pegar na bunda, a faixa. Vou me posicionar no centro. Não, sem maldades por favor. Não quis dizer no centro da bunda, quero dizer no centro dessa discussão.
O fato é que o Brasil tem fama de país da bunda, ou de bundões? Não sei, só sei que uma bunda incomoda muita gente, mas a da Paolla Oliveira incomoda muito mais. Se bobear aquela bunda tem RG, CPF e internet banda larga, no caso dela, bunda larga. Nome de registro? Bunda de Oliveira. Aí, como exercício de imaginação fico pensando aqui quão constrangedor seria a famigerada pergunta: Dona Bunda, quantos anos você tem?
As aulas retornam na próxima semana e bem que os professores de língua portuguesa poderiam evitar a tão batida redação de primeiro dia de aula. Como foram suas férias? Vinte linhas. Essa coisa de dar número de linhas em redação é jurássico, mas há quem diga que é melhor do que dar a... Esquece! Continuando a minha sugestão, já que estamos as vésperas do carnaval mesmo, sei lá, de repente poderia pedir para os alunos redigirem uma redação do tipo "A importância da bunda na formação de leitores críticos e participativos" ou então "Os aspectos bundísticos de nossa sociedade em época de redes sociais e minisséries apelativas".
Não sou muito de assistir TV, mas tenho acompanhado a bunda, digo, a minissérie e confesso que a Paolla Oliveira poderia ficar no ar eternamente. Aí sim o título da minissérie faria todo sentido para os homens. Felizes para sempre, sem a interrogação.
PS. Meu texto sofreu uma digressão. Disse que não ia me posicionar. Viram como uma bunda desconcentra a gente! Só espero que minha mulher não leia esse texto.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

WhatsApp

São raras as vezes que uso meu celular para fazer uma ligação. O WhatsApp trouxe no seu bojo a economia tão sonhada por aqueles que ainda têm plano pós-pago, e por que não os pré-pagos também? Aliás, acho que sou um dos poucos remanescentes a usar o serviço pós-pago.
Porém, para muitas pessoas essa economia custa caro. WhatsApp é um cofre sem senha, cujos segredos digitados ali, estão a um clique de serem desvendados. Antigamente os segredos eram revelados, hoje em dia eles são printados. Mas segundo um amigo meu, o aplicativo está mais para terreno minado do que para qualquer outra coisa.Toda vez que a mulher dele se aproxima do telefone, ele, desesperado, grita: Não toque nisso aí que pode explodir! Homem admirável, não? Quanta preocupação com a integridade física da esposa, ou pelo prisma corporativista, integridade física dele mesmo!
Os mais conservadores acreditam que o WhatsApp é zona do baixo meretrício, uma Itamaracá virtual, com muita putaria e tal. Pelo menos por lá o sexo é seguro. Já os mais religiosos creditam a invenção ao coisa-ruim. É marido deixando mulher de lado, é esposa deixando marido de banda, são famílias inteiras se debandando por conta das tentações WhatsAppianas. Parafraseando minha vizinha, zapzap é coisa do capeta!
Só sei que pra mim o aplicativo tem sido bastante efetivo. Uso para fins profissionais e sociais. Uso com moderação embora minha ex-esposa discorde do meu ponto de vista. Viram? Fui vítima do mal tecnológico do século.. Nem os bons samaritanos escapam da maldição WhatsAppiana. Acho que minha vizinha tem mesmo razão. Zapzap é coisa do capeta!