Por sermos nós nos desatam,
Lançam-nos à terra,
Aos outros,
Mundos incomunicáveis...
Sobreviventes,
A tatear pedras brutas,
Nas arestas do mundo forjamos a vida,
Fazemos morada de quatro paredes
E nelas, penduramos o espelho:
“Espelho, espelho meu”
Que não alberga os outros.
Mas eis que os outros – nossa sina e inferno -
Derrubam as portas,
Invadem a casa,
Convocam-nos pra guerra: ofício diário de conviver
E assim seguimos,
A caminhar num chão de espelhos em pedaços...
Sobre estilhaços que nos ferem
E condenam à irremediável visão: dos outros? De nós?
Por sermos sós nos libertam...
quinta-feira, 31 de março de 2011
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Olá Paulo
ResponderExcluirUm tanto tenso, mas belo. Gostei do ritmo.
Bjux
maravilha de poema!!
ResponderExcluirabraços
Lindo, mana. Como tudo que escreves. Desde sempre. Vá em frente!!
ResponderExcluirOi Paulo!
ResponderExcluirTem um convie lá no blog, que faço questão de te transmitir: que tal um poema colado na janela de um ônibus pra temperar a vida de quem por ele anda??? Dá uma olhada e visita o link para ver o regulamento!!! Bj!
teste.
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