segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Mãe dos deuses
Mãe dos deuses,
Teus expansivos olhos esmeraldinos
Nem de longe lembram o verde de outrora
Em meio à mata virgem descabaçada
Cresceste valente como um Ajuricaba
Já não és a pudica cunhantã da época áurea
Da Borracha perdida
Herdaste o palco da liberdade de expressão
Foste roubada...
Viraste uma Zona
Francamente! Felizmente
Robusta bonança
Da tua fauna aflora o sustento dos ribeirinhos
Quem de teus rios o jaraqui come
Amar-te-á amiúde como amiga e como amante
Mas carinhos inda te negam Mãe dos deuses,
Ainda que o bardo de branco decrete
Que o homem é um animal que ama
Manaus, 341 anos.
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Poxa, primo, que belo poema para a deusa que virou uma "zona francamente". Espetacular!!
ResponderExcluirabraços
Uma forma ímpar de dizer muitas verdades. Lamentáveis verdades.
ResponderExcluirBjux
Uau!!!!!!!!
ResponderExcluirVocê escreve bem demais! Lindo Paulo!
... Que o homem é um amimal que ama...
Amei isso... define... mas não explica tanta coisa não é mesmo?
Beijo Amigo Querido
Com carinho
Sil
Sempre aqui
Grata pela visita!
Oi , Paulo !
ResponderExcluirTambém gostei muito de seu blog , sua
forma de escrever ...
Feliz com sua presença e palavras.
Bjo e um Dia de Paz ...
Olá Paulo!
ResponderExcluirObrigada pela visita e comentário!
Bjs!