domingo, 8 de agosto de 2010

Ventos de Mudança

Voar em céu de brigadeiro cortando nuvens pacíficas, navegar em mar de almirante rasgando as águas do marasmo, banhar-se em mar de rosas lavando as chagas da alma, redescobrir o mel no lamber das línguas. Metáforas desbotadas que até pouco tempo amanheciam e anoiteciam junto ao meu travesseiro azul celeste com cheiro de Jasmim.
O tempo fechou e o céu seu moço, ficou carregado de nuvens negras, o mar enfurecido não dá trégua, o mel virou fel. Agora caminho de pés descalços no submundo do nadando contra a corrente só pra me exercitar. Essa corrente tem a força de uma pororoca que com o passar dos dias vai ganhando proporções de um tsunami.
O alicerce de minha estrutura emocional estremeceu com os impactos e as avalanches de situações que fugiram as minhas rédeas ao longo desses cinco meses. Não há fortaleza emocional que resista a tanta bordoada. Não sei até onde conseguirei segurar a toalha.
Que os novos dias soprem ventos de mudança na temperatura adequada ao meu corpo. Não será uma mera rajada de metralhadora que me levará ao chão.

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