sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Terceiro ano 2014

Quarenta e cinco minutos do segundo tempo. Fim de jogo. Quem ganhou e quem perdeu é o que saberemos daqui a alguns dias. Quem se preparou melhor, concentrou e investiu a longo prazo provavelmente continuará no campeonato da aquisição acadêmica. Para aqueles que inventaram contusões, lesões, fugiram da concentração e caíram na armadilha do "viver loucamente" chegam na cara do gol impedidos e, quiça, perdidos.
Porém a vida é assim mesmo. Alguns vencerão, outros não. Só não podemos é perder sem a dignidade de lutar, pois, o gramado da vitória é um tapete observado do alto da arquibancada, no entanto só quem entra em campo é que percebe os buracos do fracasso que estão ali como um goleiro a impedir a investida do atacante adversário.
Pessoal, isso não é resenha de vestiário, só alcança o cume da montanha quem calça a chuteira da determinação. É preciso, como diz a expressão do momento, ter foco. E vocês foram o nosso foco ao longo desses anos. Nós professores sonhamos, torcemos e queremos muito o sucesso de nossos alunos, mas o querer maior tem de ser dos jogadores que estão em campo.
O ensino médio é uma preliminar para o ensino superior e o choque de realidade está logo ali com as presas de fora, afiadas, esperando friamente pelos calouros acadêmicos e calouros da vida. O caminho da vitória é asfaltado de obstáculos e vocês deverão estar uniformizados de humildade e sede de vencer se quiserem sagrar-se campeões.
Mas agora é hora de confraternização e estamos aqui para relembrar alguns acontecimentos que os trouxeram até esse momento. Vocês eram dois e se tornaram um. Enquanto não atravessarmos a dor de nossa própria solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades. Para viver a dois, antes, é necessário ser um, já dizia um tal de Fernando Pessoa. E vocês entenderam isso rapidamente e consolidaram amizades, creio eu, que para a vida toda. As picuinhas foram se dizimando ao longo do ano letivo. Inteligentemente vocês perceberam que a união não faz só açúcar, a união também faz a força e tacitamente vocês foram dando as mãos uns aos outros.
Bobo aquele que bate no peito e brada: Eu não preciso de ninguém. Mas bater no peito não era muito a praia dessa garotada, o negócio deles era bater boca. Pense numa turma encrenqueira!
O importante é que de todas essas desavenças vocês tiraram lições e penso que a maior de todas foi a de aprender a lidar com as diferenças.
As luzes do estádio se apagarão em instantes mas a de vocês torço para que continue acesas perenemente.
Que Deus ilumine os caminhos de cada um aqui. Boa sorte!


quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Matinha, uma estória de amor, cultura e arte (samba enredo)

AQUI ESTOU AO PÉ DO TUCUMANZEIRO
FOLHEANDO ALEGRIAS, AMORES E FESTAS
PÁGINAS DO MEU RELICÁRIO,
EITA POVO TÃO FESTEIRO!
TALENTOS NAS ESQUINAS E BECOS
PRATAS DA CASA TRANSFORMADAS EM OURO
ABENÇOADAS POR SANTA LUZIA
MINHA MADRINHA PELA FÉ QUE NOS GUIA
GRITA JUTAL! LÁ SE VAI MAIS UM DIA
VEM GARROTE LUZ DE GUERRA
LEVANTANDO POEIRA
SEU MARANHÃO ACENDE A FOGUEIRA
SAUDADE INCENDEIA O MEU CORAÇÃO

TIRA ONDA CORONÉ COM OS BRASINHAS NA FOLIA
E O AR DA "GRAÇA" EU QUERO VER
NO BALANCÊ DA PRESIDENTE VARGAS
VOU ENCONTRAR UM CAIPIRA, ANARRIÊ

AINDA MENINA NO MEU COLO ABRACEI
A FRAUTA DE BARRO, COM BACELLAR, POETIZEI
NA CASA DA MÃE DA GENTE É ASSIM
A INSPIRAR GERAÇÕES, POESIAS SEM FIM
TADEU GARCIA MATINHANDO MUNDO AFORA
ENERGIA QUE VIGORA, TIC TIC TAC, UERERÊ
NESSA NOITE ENLUARADA,
CASAGRANDE E MANEL, QUE SAUDADE DE VOCÊS
ZÉ PRETINHO... TUA BATUCADA GANHOU VOZ
NOS TERREIROS DE BAMBAS
MEU AMOR POR TI NASCEU...
NA MATERNIDADE DO SAMBA

A MINHA ÁGUIA VAI VOLTAR
RESSURGIR DAS CINZAS PODE CRER
COM A PRESIDENTE VARGAS EU VOU MATINHAR
SOU MATINHA, ME RESPEITE
EU NASCI PARA VENCER... PARA VENCER