sexta-feira, 13 de abril de 2012

Para os amigos

Toda vez que fico doente penso que vou morrer. Uma unha encravada e já começo a me despedir dos familiares e amigos. Tem sido assim desde os cueiros, essa é a tônica, a crônica de minha vida. Tenho medo da morte desde quando tinha medo dos mortos, o que me garantiu vários conselhos de minha sábia avó: “Meu filho, tenha medo dos vivos.” Ao passo em que esse temor cresce a morte me fortalece e me fortalecerá até o dia em que esse cara de pau aqui vestir o paletó de madeira. Minha missão? Deixar o meu sorriso no sorriso de quem por perto estiver, quero a profusão do amor, quero aliviar a dor. Quero ser para os meus amigos férias em Natal, bloco dos sujos no carnaval, poema de Drummond, crônicas do Millôr, e como o Jobim, nunca perder o Tom. Esse texto efêmero como a vida e simples como eu, despeço-me com: Valeu a pena! PS: Então viva a vida, pois ela não nos dá a chance de PS.

sábado, 7 de abril de 2012

Coletivo

Na caravana da vida, conselho é cambada, congresso é corja. O fato, esse era de cabra, agora é de lobos... alcateia de engravatados. E nós, um bando de cáfila, falange proletariado a viver em manada (ô vida de gado) a mercê da matilha de súcia.