segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Tarde demais



Cansada de minhas noitadas
Nem fermentou a sua partida
Fugiu junto com a alvorada
Em busca de uma nova vida
Mulher decidida da peste
Perdi o norte
A perdi pro nordeste
Não aceitou minha boemia
De mala e cuia foi morar na Bahia
E a felicidade...
Que outrora em meu peito albergava
Agora tem nome e axé
Acarajé e a benção dos caras
Quem sabe assim eu aprenda
A valorizar uma mulher
Pois aquela que se preza e se honra
Não aceita viver de migué

O boêmio e sua ilusão da noite
Essa criança encantada e fugaz
Foi meu prazer foi meu açoite
Uma pena... descobri tarde demais