sábado, 10 de dezembro de 2011

Manaus

Manaus...
Habitada por gente simples
De sorriso fácil e jeito faceiro
Esparrama suas idiossincrasias
No chão íngreme de seu canteiro

Manaus...
Aqui se abraça o inimigo
Como se fosse um irmão
Numa alegria atônita
De quem come peixe com as mãos

Manaus...
Que não prescreve o mormaço
De ar molhado como a dizer:
Sou este inferno de amar
Apedreja-me, e ainda terás o meu afago

Manaus...
Perene abrigo verde, tingido
De Eldorado para todas as tribos
E quando do teu arco a flecha parte
Longe de ti... O pior castigo

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