quinta-feira, 28 de junho de 2012

... E eu me achando

Hoje é aniversário da minha mãe e pensei em presenteá-la com algo que fosse a cara dela, mas sou péssimo para escolher presentes, nunca acerto. Então decidi perguntá-la.
- Mãe, o que a senhora quer ganhar de presente hoje?
- Meu filho, gostaria de dinheiro pra comprar meu remédio.
Amordaçado pelo silêncio fiquei. Chute nos culhões! Murro na boca do estômago. Mãe, quantas noites a senhora foi dormir mais tarde por minha causa? Quantas noites a senhora deixou de dormir por minha causa? Quantas manhãs a senhora acordou mais cedo por minha causa? Quantas vezes a senhora deixou de comprar suas calcinhas para comprar minhas calças? Quantas vezes a senhora chorou por minha causa? Quantas vezes a senhora largou tudo por minha causa? Foram essas perguntas que ficaram ruminando na minha cabeça na eternidade daqueles segundos. E eu achando que estava arrasando não consegui perguntar mais nada. Nem o nome do remédio.

4 comentários:

  1. É triste como só nos importamos com algumas pessoas perto de datas especiais. Se serve de consolo, isso não acontece só com você.

    ResponderExcluir
  2. Oi Paulo!

    Mães são assim... Fazem tudo para seus filhotes e sua felicidade é a felicidade deles...

    Agora, se quer o meu palpite: qualquer coisa que tu pensasse em dar pra ela ela iria adorar! Não importa o presente, mas o gesto!

    Não fica triste não! Aproveita o momento, volta lá - com o remédio :o) e, na falta de algo que te satisfaça uma flor e um beijo carinhoso, garanto que já a deixaria bem feliz!

    Um abraço e muitas felicidades pra vcs!

    ResponderExcluir
  3. Carlinha, quanto tempo!!! obrigado pelo carinho. Puta verdade isso que vc falou.
    bjs e abraços.

    ResponderExcluir