sábado, 6 de outubro de 2012

Aos pés da rija carne

Aos pés da rija carne
Rendi minha longevidade
Inútil riscado do tempo
Diante de tal sublimidade

Aquela que mal saiu do berço
Me escangalha do avesso
Depois me embala, ironicamente
Sem pressa, prenhe de apego

E cantando eu quero você
Como eu quero
Me faz dormir e sonhar
Nos braços do futuro degelo

E se não mais levantar
É porque o sonho virou pesadelo
Aos pés da rija carne
Me rendo...
Vou desaguar no meu antigo terreiro

Mas por hora não quero mais conjeturar
Sem pressa e prenhe de apego
Vem me escangalhar do avesso
Aos pés da rija carne
Sempre me rendo

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