quinta-feira, 8 de julho de 2010

Ponto Seguido




No início dessa década ainda éramos reticências, dois pontos: interrupção ou continuidade? Uma interrogação pendulava em nossas faces e um travessão nos engasgava a garganta. O ensino médio ou o antigo segundo grau não poderia ser o nosso ponto final. E uma vírgula, somente uma vírgula nos separava do ensino superior. Sem querer abrir parênteses e se esconder embaixo de aspas, fomos tomados pela teoria da evolução de Darwin e o aprendizado acadêmico foi o núcleo do sujeito e o processo de ensino-aprendizagem, me perdoem o pleonasmo, tornou-se o objeto direto de nossos objetivos. Voz passiva que nada! Queríamos o avatar, a metamorfose, não poderíamos continuar sujeitos oculto de nossa sociedade.
Mas o sucesso tem seu preço, não pensem que esse período foi simples, muito pelo contrário, foi um período composto de muitas adversidades e de muita oração também. E haja oração! O presente perfeito fica para os contos de fada. Havia uma dicotomia escancarada ali como um exercício de socialização. Racionais versus emocionais. Às vezes nos faltava corrompimento para o bem-estar do coletivo. Mas os nossos laços de amizade foram se espraiando e se fortalecendo ao ponto de não permitir que um objeto indireto nos levasse a digressão.
Segundo Aristóteles, só há conhecimento da realidade quando há conhecimento da causa – ou seja, conhecer é conhecer pela causa e nossa causa meus amigos, era nobre.
Livros e mais livros lidos, interpretados, analisamos textos, analisamos a relação entre língua e ideologia, quebramos paradigmas, descobrimos que a verdade depende da nossa formação discursiva, buscamos o sentido dos textos e principalmente buscamos o sentido da vida.
E cá estamos, passados cinco anos a freqüência do advérbio de nossos encontros é: às vezes, e é às vezes graças ao poder do verbo de ligação. Mas o mais interessante é que nossas reuniões são sem iguais, não há comparação, é superlativo, é mais que perfeito.

7 comentários:

  1. Categoricamente o seu poema gramatical ficou maravilhoso.
    Parabénsssssssssssssssssssssss.
    Gostei muito.
    Obrigado pela visita.
    Beijokas mil.

    ResponderExcluir
  2. Muito bom! Esses encontros fazem super bem mesmo, beijo, beijo!

    ResponderExcluir
  3. Essas metáforas do português são muito bem colocadas para se tratar questõres que nos dizem respeito e nos colocam em dúvida. Ah, os caminhos, quantas vírgulas e pontos finais.

    Adorei a visita!
    Beijos pra ti!
    Bom final de semana!

    ResponderExcluir
  4. Inegável seu progresso na escrita,brother. Way to go!!! Resolvi recriar um blog (coincidentemente o mesmo template do seu...rs). Vamos ver no que dá. Tô tentando retomar o prazer de escrever. Abs.

    http://blogdoharrylopes.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  5. Oi Paulo
    Obrigado pela visita ao meu blog pelo comentário. Quando puder volte, vou gostar muito.
    Estou te seguindo.
    Abração

    ResponderExcluir
  6. Obrigado pela sua visita amigo,,,seja bem vindo ao Livro dos Dias,,,parabens pelo seu blog,,,abraços de otima semana.

    ResponderExcluir
  7. O texto está bom.
    Tá, tá bom mesmo, tá ótimo.
    Ainda bem que esta historia não tem ponto final. =]
    Me fez até lembrar um assunto quando estudava para o vestibular: verbo de ligação.
    Quanto tempo! Obrigada por me apresentá-lo
    (novamente) rsrs
    E, se seus velhos amigos não gostarem, prepara um texto para os novos, aqueles pós-faculdade (será que é entre hífen?), do tipo: colegas de trabalho, colegas por acaso e até os alunos, que depois acabam se tornando amigos...
    Adoraria está presente para ouvir um talentoso escritor recitar o tal texto (redigido pelo proprio)Pareceu algum pleonasmo?).
    Acho que me empolguei.

    Gostei da ideia de deixar comentario.
    Acho que vou fazer isso mais vezes.

    =*

    Evelyn little L.

    =x

    ResponderExcluir