terça-feira, 19 de abril de 2011

Ponto Seguido

No início dessa década ainda éramos reticências, dois pontos: interrupção ou continuidade? Uma interrogação pendulava em nossas faces e um travessão nos engasgava a garganta. O ensino médio ou o antigo segundo grau não poderia ser o nosso ponto final. E uma vírgula, somente uma vírgula nos separava do ensino superior. Sem querer abrir parênteses e se esconder embaixo de aspas, fomos tomados pela teoria da evolução de Darwin e o aprendizado acadêmico foi o núcleo do sujeito e o processo de ensino-aprendizagem, me perdoem o pleonasmo, tornou-se o objeto direto de nossos objetivos. Voz passiva que nada! Queríamos o avatar, a metamorfose, não poderíamos continuar sujeitos oculto de nossa sociedade.
Mas o sucesso tem seu preço, não pensem que esse período foi simples, muito pelo contrário, foi um período composto de muitas adversidades e de muita oração também. E haja oração! O presente perfeito fica para os contos de fada. Havia uma dicotomia escancarada ali como um exercício de socialização. Racionais versus emocionais. Às vezes nos faltava corrompimento para o bem-estar do coletivo. Mas os nossos laços de amizade foram se espraiando e se fortalecendo ao ponto de não permitir que um objeto indireto nos levasse a digressão.
Segundo Aristóteles, só há conhecimento da realidade quando há conhecimento da causa – ou seja, conhecer é conhecer pela causa e nossa causa meus amigos, era nobre.
Livros e mais livros lidos, interpretados, analisamos textos, analisamos a relação entre língua e ideologia, quebramos paradigmas, descobrimos que a verdade depende da nossa formação discursiva, buscamos o sentido dos textos e principalmente buscamos o sentido da vida.
E cá estamos, passados cinco anos a freqüência do advérbio de nossos encontros é: às vezes, e é às vezes graças ao poder do verbo de ligação. Mas o mais interessante é que nossas reuniões são sem iguais, não há comparação, é superlativo, é mais que perfeito!

3 comentários:

  1. paulo, nem vou mais elogiar seus textos pois isso seria repetitivo demais...

    você fala de sonhos, de lutas, de perserverança, de juventude em busca do futuro. você fala de coração de estudante e coração de estudantes da vida...

    abraços.

    ah, publiquei o poema "filhos" lá no olhar o tempo. agora não vou nem mais pedir para usar teus textos lá; vou vim aqui, pegar e postar. teus textos precisam ser lidos pelo maior número de pessoas. depois eu falo, "olha, publiquei tal texto..." rssss

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  2. Show de bola. Não cabe mais redundancias, sem eufemismos ou hipérboles, afirmo que teu blogo máximo! Como bem afirma teu "primo" precisas ser lido pelo máximo de pessoas, te inclui lá no favoritos do Recortes, até qualquer hora.

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  3. Professor, me sinto até meio sem graça de comentar um Mestre, mas não posso deixar de colocar minha admiração por tamanha criatividade que trabalha em cima de uma inspiração maiúscula. As imagens que sua criatividade usou para apresentar sua inspiração, ficaram bárbaras. Parabéns!

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