quarta-feira, 20 de julho de 2011

O Piano - Uma história de amor

Novembro de 2000 fui convidado pela amiga Suymara pra fazer parte do quadro de funcionários de uma escola de idiomas, franquia recém-chegada em Manaus e na época administrado por Durval Braga e Juarez cujo sobrenome não me recordo agora. Então Janeiro de 2001 tive o prazer de conhecer o Durval Braga, cara simpático e jocoso, piadista e proativo, asséptico, habilidoso com as palavras, enfim, um homem que transborda ideias. Espera aí, não pensem que essa história de amor é entre mim e ele, nada contra, mas não é isso não.
Bem, no decorrer desse primeiro ano de trabalho rolou uma sinergia surpreendente entre os professores, coordenação e direção daquela escola, até porque a equipe era bastante coesa, palavra essa que no nosso dia-a-dia tinha se tornado, eu diria, lugar-comum (a cada dez palavras pronunciadas por Juarez, sete delas era a palavra coeso), mas o Durval com o seu rico vocabulário a chamaria de metáfora desbotada.
O tempo foi passando e se encarregando de cada vez mais aproximar especialmente quatro pessoas: Eu, Suymara, Harisson e o proprietário da escola Durval, é claro, não necessariamente nessa ordem. Começamos então a sair juntos nos fins de semana, uma pizza aqui, um cineminha ali, um charutinho acolá, uma cervejinha de vez em quando, e na hora de voltar pra casa, adivinhem quem levava quem? – pois é, eu me encarregava de deixar o Harrison, e o Durval - muito altruísta – fazia questão de levar a Suymara para casa... Eu acho.
Uma bela noite fomos parar no Clave de Sol, lugar fino e requintado, localizado na rua Belo Horizonte, nome de rua bem sugestivo por sinal, e o Durval maquiavelicamente já estava enxergando – parafraseando a música - além do horizonte.
Estava ali esboçado o quadro de uma noite auspiciosa para Durval e Suymara, ao botar os pés naquele lugar, nos deparamos com um ambiente propício para o início de um grande romance, havia apenas dois ou três casais, luz ambiente, uma bateria e um piano. Durval nega de pés juntos, mas já estava tudo premeditado.
Não demorou muito e ele foi logo mostrando seus dotes musicais, enquanto tocava bateria, a admiração estava albergada nos olhos rutilantes da Suymara e pra minha surpresa nos olhos do Harrison também (ah viado!). Não satisfeito ele decidiu tocar piano, ah, aí é pra acabar, a carne é fraca, foi necessário que eu e o Harrison segurássemos o queixo da Suymara.
Brincadeiras à parte, ficou decretado naquela noite, ao som de skyline pigeons fly, que Durval e Suymara deixariam de fazer voos solos para então tornarem-se piloto e co-piloto da mesma aeronave.

Dez anos depois...

Suymara e Durval casaram-se, montaram uma empresa de tradução e consultoria lingüística e mais recentemente dedicam-se a mais nova membro da família.

2 comentários:

  1. É a nossa mais pura história, contada por amigo MERMO!

    Só não sabia da parte do Harrison hahahaha
    Obrigada, Paulo, você fez a leitura certa de um momento único.

    E sim, ele sempre me levava para casa! Damn it!

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  2. primo, o durval fez tudo direitinho...rss

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