domingo, 30 de outubro de 2011

A agonia acabou

O time agonizou por meses na UTI, e nos últimos três, respirou com ajuda dos aparelhos. Sofria o time e todos que estavam a sua volta. Esboçou algumas melhoras, mas logo tinha recaídas e o sofrimento continuava. Já não dependia só de si mesmo para sobreviver, um câncer minou o seu miolo de zaga e um ataque cardíaco e fulminante castrou o ataque do tufão – tufão esse que já não assustava mais ninguém.
Diante desse quadro clínico complicadíssimo, o tufão ainda teve uma melhora no sábado – dizem que é aquela melhora que todos têm horas antes da morte – mas não resistiu e no final da tarde do dia 25 de novembro de 2006 o time bateu a caçoleta e foi condenado a voltar para terceira divisão do campeonato brasileiro. As estrelas já não brilham mais e o arco-íris ficou preto e branco. O futebol amazonense está de luto.
Texto redigido em 2006 quando ainda existia futebol em Manaus, hoje times do futebol amazonense disputam a série D e continuamos a torcer por times de outros estados. Até quando?

domingo, 16 de outubro de 2011

A Danadinha

Daninha Machado. Aos dezessete anos transbordava saúde. Suas curvas eram perfeitas. Rosto angelical, olhos cor de mel, cabelos na altura dos ombros e uma sensualidade que fazia os homens viajarem entre o céu e o inferno.
Filha única de um casal de pipoqueiros, morava no morro do careca – bairro da periferia de Pau Grande. A casa era humilde assim como seus moradores. Havia um quarto, uma cozinha, uma sala e um banheiro.
Na sala havia um sofá marrom rasgado, na cozinha, um fogão de duas bocas que só funcionava uma e no quarto uma cama de casal cujo colchão já estava fundo, pois, lá dormiam três pessoas. Era impossível imaginar que ali naquele casebre morava uma menina-mulher tão linda.
Daninha era ambiciosa e tinha um sonho de se tornar uma juíza de direito a qualquer custo. Ela sabia que para isso precisaria se dedicar aos estudos em tempo integral, pois, no final do ano prestaria vestibular para direito. Pela manhã freqüentava a escola e a tarde estudava mais quatro horas afinco. Não havia fins de semana e nem feriados para descansar, ela estudava sem parar.
Enquanto seus pais iam trabalhar vendendo pipoca na frente do circo, Daninha corria para casa de Neco – seu melhor amigo – para ler os livros de literatura brasileira que seus pais não tinham condição de comprá-los. Neco fazia questão de emprestar seus livros para ela, quando Daninha precisava fazer pesquisas na internet ele sempre oferecia o computador dele.
Daninha nunca havia tido um namorado em toda sua vida, algumas paqueras, mas sua obstinação pela carreira de juíza de direito não a deixava pensar em outra coisa. Neco fez uma ou duas investidas, mas sem sucesso. Neco era de família rica e seus pais não aprovavam sua amizade com a moça pobre, só que Neto não dava a mínima para o preconceito ridículo dos seus pais.
Uma bela noite seu Getúlio – pai de Neco – ouviu uma conversa de Daninha com Neco no escritório de sua casa.
- Poxa, Neco. Não sei se vou conseguir chegar até o final dessa corrida maluca. As coisas lá em casa não andam nada bem. Depois que o circo foi embora, a renda dos meus pais caiu bruscamente. Às vezes não tenho nem o dinheiro da passagem do ônibus.
- Se você quiser posso te emprestar algum dinheiro? De quanto você precisa?
- Não, Neco. Muito obrigado, você já me ajuda muito.
Neco seria capaz de fazer qualquer coisa para ajudar Daninha. Enquanto isso, seu Getúlio esfregava as mãos e um sorriso cretino surgia em seu rosto.
O fim do ano se aproximava, estávamos em meados de Outubro. Daninha chegou atrasada na escola pela primeira vez. Só entrou em sala no segundo tempo e o professor de matemática olhou surpreso para ela.
- Daninha! Essa hora!? O que aconteceu?
- É que eu fiquei estudando até tarde ontem e acabei me atrasando.
Daninha passou a aula toda bocejando. Fato esse que irritava os professores. Se há algo que professor não gosta de ver é aluno bocejando em sala de aula. Esses atrasos se repetiram durante toda aquela semana, ou melhor, durante todo aquele mês.
Primeira semana de Novembro e nada de Daninha aparecer na escola. Uma noite Neco resolveu visitá-la e pela primeira vez ele não a encontrou em casa. Seu Jorge – pai de Daninha – disse a ele que ela tinha ido fazer um trabalho de equipe com algumas colegas.
Estranho. Pensou Neco. Há uma semana ela não aparece na escola, e outra, não há nenhum trabalho de equipe para ser feito.
Passado esses cinco dias Daninha voltou a escola, passava a maior parte do tempo cochilando. Nos intervalos fazia questão de pagar o lanche dos colegas. Neco então decidiu questioná-la o porquê dela não freqüentar mais a casa dele, já fazia algum tempo que não lia os livros que provavelmente constariam na prova do vestibular.
- Como você mudou nesses últimos meses. Não foi mais lá em casa por quê?
- Ando meio ocupada com as tarefas caseiras. Tu sabes né, quando meus pais não estão em casa, tenho que fazer tudo.
- Ah, mas nem por isso devemos esquecer os nossos amigos, né verdade?
Daninha se aproximou e deu um beijo na testa de Neco.
- Não esqueci de você não, meu amor.
Neco ficou boquiaberto com a atitude de Daninha. Ela nunca havia feito isso. Daninha era sempre de uma frieza glacial. Ela realmente é outra pessoa, pensou Neco.
Véspera da prova de química, Neco resolveu dar um pulinho na casa de Daninha e novamente ele não a encontrou em casa. Neco então caminhou rumo a parada de ônibus mais próxima e a alguns metros dali estava Daninha se despedindo de uma amiga e entrando num foxcross preto. Neco ainda acenou para Daninha, mas seu aceno foi em vão.
No dia seguinte Neco evitou fazer comentários, afinal de contas, era dia de prova e os colegas de classe já estavam com os nervos à flor da pele. Daninha foi a primeira a entregar a prova, fato esse que nunca acontecera, ela era sempre a última a sair. Após a prova Daninha foi embora sem falar com ninguém, deixando Neco um tanto quanto triste. A amizade deles já não era mais a mesma.
Neco então decidiu por um fim nisso tudo. Última semana de dezembro, ele sabia que no ano seguinte todo mundo seguiria caminhos diferentes. Queria resolver essa situação a qualquer custo. O que fez Daninha mudar de comportamento? Por volta das onze horas da noite do dia vinte e um de dezembro, aproveitou que seu pai não estava em casa e pegou escondido um dos carros da família e foi até a casa de Daninha. Ao se aproximar da casa de sua amada ele avista o crossfox preto encostado no meio fio com os faróis acessos. Resolve chegar mais perto e não acredita no que vê...
Caralho! JWI 9710. Eu conheço essa placa. Filho da puta, safado. Esbravejou Neco batendo com as duas mãos no volante do carro. Não conseguindo mais conter a razão, ele decidiu sair do carro e correu em direção do crossfox, Neco estava fumaçando pelas ventas.
Neco abre a porta do carro e vê a mulher dos seus sonhos impossibilitada de falar e seu Getúlio com os olhos para o teto. Os dois se assustaram com toda aquela barulheira e seu Getúlio rapidamente pegou uma arma no porta-luvas e foi quando percebeu que não se tratava de um assalto. Por alguns segundos um silêncio ensurdecedor tomou conta dos três.
- Filho, não é nada do que você está pensando, eu....
- O senhor não me deve explicações. Interrompeu-o Neco.
Enquanto isso, Daninha pegou três notas de cinqüenta reais dentro do porta-luvas e saiu sorrateiramente.
Ao chegar em casa Neco contou tudo a sua mãe, sem poupá-la de nenhum detalhe. Dona Amélia escutou tudo passivamente, parecia já saber de tudo. Trinta minutos depois chegou seu Getúlio com a arma em punho e perguntando por Neco. Dona Amélia apontou para a cozinha e seu Getúlio cego de raiva tropeçou no tapete persa da sala de estar e foi quando dona Amélia e Neco aproveitaram para desferir sete facadas. Quatro nas costas, duas no pescoço e uma no braço esquerdo.
Os dois se afastaram de seu Getúlio, dona Amélia ficou aos prantos e Neco olhando para suas mãos ensangüentadas começou a dar gargalhada como um louco desvairado. Seu Getúlio ainda respirou e conseguiu se virar e balbuciar a seguinte frase:
- O testa... testa... testamento... está no nome da... Da... Da...

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Vítimas da Internet

Jucundino, isso mesmo, Jucundino estava completamente apaixonado. Logo ele que sempre teve muita dificuldade em conseguir namoradas devido ao seu tipo físico não muito privilegiado pela natureza.
Jucundino cujo apelido era vassoura, explico o porquê. Garoto alto, braços finos e pernas longas, cabelo tipo espeta-caju e magro como uma vaca do sertão, não fazia muito sucesso entre as garotas do seu colégio nem no bairro onde morava, daí o seu vício de passar horas e mais horas em frente ao computador nas salas de bate-papo ou como os jovens preferem chamar; salas de chat.
O cybercafe que ficava localizado próximo a sua escola era o seu point, uma vez que ele não tinha computador em casa. Todo santo dia Vassoura fazia uma visita ao cyber “Point Net” para teclar com seus vários amigos virtuais que fizera durante esses seis meses freqüentando as salas de bate-papo. Às vezes até esquecia que tinha de ir a escola.
Com a descoberta desse mundo virtual, com todas as facilidades proporcionadas pela internet, o deslumbramento foi inevitável, pois, Vassoura tinha o mundo aos seus pés e tinha mais amigos virtuais que amigos de carne e osso.
Numa dessas conversas via net, Vassoura conheceu uma pessoa chamada Ketlen Maclaren. Ela morava na mesma cidade que ele e era apenas dois anos mais velha. Vassoura tinha só quinze anos e pouca experiência com o sexo oposto.
Ketlen demonstrou-se bastante interessada no varão, pois, sua timidez acabou chamando a atenção da moça que já não via a hora de conhecê-lo pessoalmente, mas Vassoura protelava a data desse encontro sempre que ela partia para o ataque.
Vassoura tinha medo de decepcioná-la, já que durante seus chats ele se apresentava como se fosse o próprio Fábio Assunção e como ele já estava envolvido até o tucupi, o sentimento de medo passou a dominá-lo e o monstro da decepção que ele mesmo criou era maior que sua vontade de ter Ketlen Maclaren em seus braços.
A intimidade entre o casal era enorme, havia uma cumplicidade na relação deles que só há entre os casais cujos relacionamentos são duradouros, ambos já sabiam quase tudo um do outro, com exceção do endereço. Esse era um outro problema, Vassoura morava numa favela e Ketlen era de uma família bem conceituada.
A pressão por parte de Ketlen para conhecer Vassoura já estava ficando insuportável, ela queria a qualquer custo ficar cara a cara com o homem que ela havia escolhido pra ser o homem da sua vida. Então Ketlen resolveu dar um ultimato para Vavá - nick usado por Vassoura no mundo virtual – conhecê-la.
Vassoura se sentindo acuado, não conseguiu mais adiar o tão esperado encontro, mas armou um plano maquiavélico e mandou um amigo no seu lugar para encontrar com a sua amada. O encontro estava marcado para uma sexta-feira, 13 de Agosto de 1994. Exatamente às 19h30min Ketlen Maclaren chegou ao bar de nome Armandu – nome bem sugestivo por sinal.
Enquanto isso, Vassoura acertava os últimos detalhes com seu amigo Ratinho, que iria conhecê-la, mas não poderia tocá-la sequer. Tudo acertado Ratinho chegou com meia hora de atraso. Ketlen estava muito ansiosa e foi logo se apresentando.
- Olá. Então você é o Jucundino. Muito prazer em conhecê-lo.
Ratinho ficou fascinado com tamanha beleza e não hesitou em esticar o braço para cumprimentar a moça e beijá-la no rosto.
- O prazer é todo meu. Você é realmente do jeitinho que você se descreveu.
Ketlen tinha olhos verdes, cabelos louros e compridos, rosto angelical, cintura de violão e pernas bem torneadas.
- Você também é do jeito que eu imaginava. Braços fortes, peito cabeludo, moreno cor de jambo, que por sinal é minha fruta favorita. Você gosta dessa fruta?
Ratinho fez um sinal com a cabeça. Naquele momento ele concordaria com tudo que ela dissesse.
Ketlen já estava impaciente com a lerdeza de Ratinho e propôs que eles saíssem daquele local.
- Eu preciso te falar a verdade. Disse Ratinho.
- O que foi? Você não gostou de mim?
- Não, não é isso. Muito pelo contrário. Você é maravilhosa, mas eu não posso continuar com essa farsa.
- Mas que farsa?! Gritou Ketlen.
- Eu não sou o Jucundino.
Nesse momento Ketlen Maclaren ficou furiosa e pegou Ratinho pelo colarinho e perguntou:
- Quem é você? O que está acontecendo aqui? Quem é você seu imbecil?
Ratinho então abriu o jogo e contou tudo a ela sem poupar-lhe nenhum detalhe.
Ketlen saiu de lá e foi direto pra internet com o intuito de conectar-se e poder teclar com Vassoura e dizer-lhe poucas e boas.
Vassoura estava em casa aflito e ávido por notícias do encontro entre seu amigo Ratinho e sua namorada virtual.
Ratinho sumiu sem nada comentar com Vassoura que naquela noite não pregou o olho pensando no que poderia ter acontecido. No dia seguinte seu café da manhã foi visitar Ratinho que obviamente não estava em casa e seus pais informaram Vassoura de que ele havia viajado para o interior e que deveria passar alguns meses por lá.
Vassoura então foi para o cybercafe na tentativa de teclar com Ketlen. As horas pareciam se arrastar e nada da Ketlen se conectar a net. Após uma hora e trinta e três minutos finalmente Vassoura vê surgir no canto da tela do monitor a seguinte mensagem:
Ketlen acabou de entrar.
Vassoura logo foi se desculpando. Explicou o fato mais de cinco vezes, mas Ketlen simplesmente o ignorava, não queria teclar com Vassoura, ela ainda estava muito amuada com toda aquela situação vexatória. Depois de dez minutos, ela então decide se manifestar. Vassoura então decide pedi-la em casamento e por essa Ketlen não esperava.
- Kero kzar com vc.
- Mas, e seus pais? Vc nem trabalha. Tah louco?
- A gente dá um jeito. Mas tudo q eu kero agora eh ficar com vc.
- Posso pensar?
- Não. Kero uma resposta agora.
Ketlen Maclaren então disse sim e eles então marcaram um novo encontro. Dessa vez o encontro seria na casa do Vassoura. Na verdade Vassoura era órfão e morava com um irmão mais velho.
O encontro foi marcado para sexta-feira da semana seguinte, 20 de agosto às 19h30min.
Na quinta-feira, 19 de agosto, Vassoura teclou com Ketlen e ela disse que ele teria uma surpresa no dia seguinte e que acontecesse o que acontecesse o amor que ela sentia por ela continuaria o mesmo.
Vassoura insistiu para que ela contasse a surpresa, mas ela pediu para que ele esperasse, pois faltavam menos de vinte quatro horas para o encontro que mudaria suas vidas.
Então, Vassoura aceitou suas desculpas e esperou impacientemente pelo dia seguinte. Levantou várias vezes durante a noite, a ânsia estava triturando seu sono. Às cinco da manhã já estava de pé. Fez o café da manhã, começou a fazer uma arrumação na sua humilde casa e não foi à escola, afinal de contas, era o dia do seu noivado.
Ketlen passou o dia no salão de beleza, fazendo tudo aquilo que uma mulher as vésperas de um noivado faz. Seu pai demonstrava certa inquietude, estava tão nervoso quanto à futura noiva.
Vassoura está no portão de sua casa a espera de Ketlen Maclaren. 19h20min surge aquele carro luxuoso de cor preta com os vidros todo revestido de insulfilm 100%. Não dava para enxergar nada. O carro pára bem em frente Vassoura. Com as pernas bambas ele se aproxima do carro, Ketlen surge esplendida, parecia a dama de vermelho.
Vassoura estava tão nervoso que nem convidou Maclaren para entrar. Ambos se olharam da cabeça aos pés. Ketlen Maclaren nem mesmo se espantou ao perceber que ele não era nada daquilo que sempre falou. Simplesmente correu em sua direção e roubou-lhe um beijo, um beijo francês, aquele de língua.
Ele ficou inerte, parecia estar nas estrelas. Quando seus lábios se afastaram dos lábios dela, Vassoura pode perceber que Ketlen tinha um gogó avantajado e uma voz não tão feminina. Ketlen percebendo aquele olhar de desconfiança, nem titubeou em revelar seu segredo.
- Então, meu nome verdadeiro é Antonio Carlos. Isso vai mudar alguma coisa em nossa relação?
Vassoura não sabia o que falar, as palavras fugiram, o sangue fugiu da sua face.
- Fala comigo meu amor. Disse Antonio.
- Você me enganou durante todo esse tempo, isso não se faz, você brincou com os meus sentimentos.
- E você, não? Você é completamente diferente do que me falou e nem por isso estou arrependida. Quero casar com você meu bem.
Vassoura correu dentro de sua casa, pegou uma pistola 765 de seu irmão e ameaçou atirar em Ketlen caso ela não saísse dali imediatamente.
Ketlen saiu aos prantos nos braços de seu pai que tentava acalmá-la. Desse dia em diante Vassoura deixou de freqüentar o cybercafe e passou a dedicar-se de corpo e alma aos seus estudos. Seis meses depois Ketlen casou-se com Ratinho e foi morar na França onde eles adotaram duas crianças ainda recém-nascidas.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Louco Abreu


Microconto. O menino Abreu resolveu brincar fora de casa de botar fogo nas coisas. Sua mãe desesperada ao ver as labaredas da peraltice do filho espirrou um grito daqueles. Tá louco Abreu!

domingo, 2 de outubro de 2011

A Garota do Fantástico

A Garota do Fantástico exibe em cada esquina de suas curvas, poderes de Super Poderosa em 3D. Magnética e vestida para dizimar, exala seu perfume kryptonita causando vertigem naqueles pobres seres de duas cabeças e nenhum cérebro.
Pouco se importa com tanto cavalheirismo oportunista distribuído em volta de cada paralelepípedo por ela pisado, seu coração-canil não hospeda mocinhos e muito menos galãs de meia cumbuca. Para fazer check-in no canil de seu coração tem que ter pedigree e estar preparado para o súbito check-out.
Ela intimida até PhD em cretinice por sua presença de palco e no seu terreiro... Cachorro não canta de galo.