sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Vida de parênteses

Ela tem seus predicados, suas concordâncias. Cheia de acentos gráficos, às vezes agudos outras vezes graves. Tem seus parônimos, homônimos, suas fases. Sabe usar ênclise, próclise e mesóclise. Sempre me lembra que todas as proparoxítonas são acentuadas. Não curte muito uma aglutinação, porém, justaposição é com ela mesmo.
O que faz dela um advérbio? Sufixo, seu calcanhar de Aquiles. Mente. Abstrato não é o seu forte. Concreto, coitada. Acredita no coletivo; essa corja! bando de alcateia. Perdeu o prumo, o rumo, o acento, o hífen, o hímen. E ainda vem me dizer que tamanho não é documento. Se acabou naquela paroxítona, objeto direto do seu desejo. Pensou que era um travessão, ilusão... Na verdade era um morfema.
Ela não era radical até se juntar com umas desinências nominais, verbais e tal. Hoje não tem mais essa com ela não, os afixos agradecem, pois ela está pegando prefixos e sufixos. Agente da passiva que nada! Já andou até participando de umas verborragias por aí. Fizeram dela uma vogal temática. Ela nega, mas eu sei.
Se continuar assim jamais encontrará seu complemento nominal.
4 minutes ago · Manaus
Like

Nenhum comentário:

Postar um comentário