segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Pequeno grande homem

No pátio da escola, sentado ao pé de uma árvore, esperava pela Larissa. Outras crianças já se divertiam durante aquele momento mais aguardado da aula - a hora da saída.
Fiquei observando aqueles futuros arquitetos, engenheiros e médicos enquanto eles brincavam. Quanta leveza e pureza nos rostos e nos gestos. Todos desarmados de malícia. Deu até vontade de ser criança de novo, mas quando lembrei do Adail, esse pensamento logo dissipou.
Já passava das cinco horas e o sol já se escondia quando apareceu o garoto, aproximadamente seis anos, um metro e vinte, pardo, voz macia. Aproximou-se e pediu, com o cavalheirismo de um Lord, licença para sentar ao meu lado. Gentilmente permiti sua companhia. Ele carregava duas sementes nas mãos e me ofereceu uma. Aceitei o presente e desembrulhei um "valeu, garoto!" E em seguida perguntei o seu nome. Meu nome é Téo.
E depois disso veio o que me motivou a escrever essas poucas linhas. Téo continuou. Eu gosto de compartilhar. Eu coleciono sementes, mas gosto de dividir. A Larissa então chegou e tivemos que partir. Porém, não poderia deixar de parabenizá-lo. Apertei sua mão e dividi minha impressão sobre ele: Téo, poucas pessoas conhecem a dona generosidade. Continue assim!
Foram necessários apenas cinco minutos para aquele pequeno me ensinar a ser grande.

P.S. Na hora de ir ele sorriu tão bonitinho que acho até que a Larissa deu bandeira pra ele.


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