domingo, 14 de setembro de 2014

Festival The Beatles



Como diz o ditado, quem canta, seus males espanta. Ontem meus alunos do ensino médio da rede pública, durante o nosso primeiro festival de música, cantaram exclusivamente as canções dos Beatles. Aquela garotada espantou a cara de interrogação de todos os desconfiados de plantão e num lá maior tufou o meu peito de orgulho.
Confesso que num dado momento dos ensaios pensei em desistir (foram quase 40 dias de preparação e aporrinhação). Muitas intrigas, "panelinhas", birras, beicinhos, e a tal da vaidade... Vaidade, esse grande mal da humanidade. Para o bem do coletivo é necessário o desprendimento da filosofia do "umbiguismo", temos de abrir mão mesmo de nossas verdades absolutas. Verdades absolutas são nossas prisões. Para alcançar o macro é importante pensar no micro e na amplitude de nossas possibilidades.
Porém, abandoná-los no meio do caminho seria deselegante, ou melhor, seria uma covardia, pequenez de minha parte. No entanto, minha mãe, que já não está mais entre nós, me deixou de herança a coragem de lutar até o final independente do tamanho do monstro. E foi com essa virtude herdada de dona Nonata que segui até o final. Já dizia o poeta, tudo vale a pena quando a alma não é pequena.
O sucesso do festival estava depositado na conta corrente deles, corrente sanguínea de adrenalina e empolgação. Para a minha não surpresa eles arrebentaram! E valeu muito a pena. Só não imaginava que iria me emocionar tanto com a alegria esfuziante deles. Durante uma apresentação fui tomado por um arrepio inexplicável, e não é força de expressão. É pura verdade. Eu que disse que não inventaria mais esse negócio de festival já estou aqui pautando o que podemos melhorar para o ano que vem. Porra, vocês são foda!
Obrigado à todos por me proporcionarem tamanha realização profissional. I wanna hold your hands, I love you yeah, yeah, yeah!!

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