quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Filha da Floresta

Teu sol murupi rompe a aurora
Carapanãs, caboclos, cunhãs
De suas malocas cedo vão embora

Tuas sumaumeiras ficaram cinza
Diante da urtiga de fogo da ganância
Cresceste, maninha, feito um curupira

Tua mata é onça d’água
Cobiça de anacondas estrangeiras
Até o encontro das águas
Quiseram te roubar sorrateira

Zagaias em mãos
Mapinguaris em trincheiras
Protejam a filha da floresta
Mana Manaus guerreira

Outro poema sobre Manaus, dessa vez com uma linguagem mais amazônica. Estou participando de um concurso de poesia realizado pela Academia Amazonense de Letras. Vamos ver no que dá!

2 comentários:

  1. Meu amigo de outras bandas
    Esse seu poema, para mim, foi escrito em dialeto rsrsrsrs, muitas palavras nunca ouvi falar. Essa é a riqueza do Brasil, adiversidade cultural.
    Bjux

    ResponderExcluir
  2. Primo, não deu prá entender nada...kkkkkkk só conheço o curupira e a anaconda...

    mas o sentido metafórico do teu poema dá entender sim. "anacondas estrangeiras..."

    por mim, já ganhou! :)

    ResponderExcluir