terça-feira, 29 de junho de 2010

Na falta de inspiração...

O Chile não chilegou na partida, cochilou e a seleção brasileira chinelou os chilenos que não esboçaram nem um chilique sequer. Chilascaram! Agora que venha a Iolanda como diria Carla Perez, que a propósito, quer saber quem é essa tal de Sarah Mago que morreu.
E o Flamengo hein! que reclamava que não tinha um matador no time, agora tem.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Para Sempre (Carlos Drummond de Andrade)

Por que Deus permite
Que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
É tempo sem hora,
Luz que não apaga
Quando sopra o vento
E chuva desaba,
Veludo escondido
Na pele enrugada,
Água pura, ar puro,
Puro pensamento.

Morrer acontece
Com o que é breve e passa
Sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
É eternidade.
Por que Deus se lembra
- Mistério profundo -
De tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
Baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
Mãe ficará sempre
Junto de seu filho
E ele, velho embora,
Será pequenino
Feito grão de milho.


Parabéns mamãe pelo seu aniversário!!!

domingo, 27 de junho de 2010

Só sei que nada sei

Vim, vi e desisti, pois, penso e logo desisto.
Agora o sonho acabou e tudo que sei é que nada sei.
Mas Freud dizia que nada é por acaso,
Será que ele explicaria esse fenômeno, de fato?
Portanto, Sócrates tinha mesmo razão,
A verdade absoluta ainda é nossa prisão.
O fato é que nem a esperança me restou,
Pois, esta ficou presa na caixa de Pandora.
E eu não me conheço mais a mim mesmo.
É como se estivesse no fundo do poço
Preso a um grilhão.
Se a perene busca pela conquista
Faz-nos escravo dessa sociedade
Máculas então virão...
Virão sozinhas ou acompanhadas
Coloridas ou descoloradas


Uma brincadeirinha com frases de pensadores!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Rio de Janeiro

Rio ... De Enero hasta Deciembre
De mujeres hermosas y calientes
Con sus playas maravillosas cómo
Ipanema, Copacabana y Leme

Rio... De Flamengo y Vinicius de Moraes
Cómo su musicalidad no hay igual
Y las chicas bailando desnudas?
Oh mi compañero, es carnaval

Domingo por La mañana
Playa y sol...
Domingo por La tarde
Maracanã y fútbol...

domingo, 20 de junho de 2010

Cor da Esperança

Meu boi tem a cor da esperança
Tem a magia e o verde que encantam
É boi de raça, se cai, levanta
Da natureza sua força emana

Mas tem o branco com sua empáfia
Destrói a mata e faz fumaça
Ganha dinheiro e nem disfarça
Só não se esqueça que aqui se faz
E aqui se paga

Então meu boi esverdeado
Levanta essa galera com seu bailado
Bate no peito e se ufana
Protege a mata, entra na dança

Então meu boi esverdeado
Levanta essa galera com seu bailado
Bate no peito, se ufana
Protege a mata, entra na dança


Como estamos na época do festival de Parintins, uma letra de boi. Estou ficando muito versátil... e modesto. rsrsrsrss
Dá-lhe Caprichoso!!!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Exilado

Exilado de teus afagos
Vagueio por obscuros atalhos
Experimentando emoções
Longe de seu alento
Inquietude latente
Norteia meus batimentos


fazia tempo que não escrevia um acróstico.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Falta de apetite? Biotônico Fontoura!

Com exceção do jogo da Alemanha contra a raquítica Austrália, a vitória anda de regime nessa Copa do Mundo. Atacantes fortes, mas poucos famintos, tem resultado em placares magros. E na estreia da seleção brasileira não foi muito diferente. Luís Fabiano passou o jogo comendo pelas beiradas, porém, estragou comida. Robinho chorou, chorou, no entanto não mamou. Kaká quer caqui, mas que caqui Kaká quer? Esse ainda está longe de ser aquele jogador exuberante e guloso de um bom futebol. Pois é, nem parece uma seleção patrocinada por uma empresa de alimentos, Seara.
Quem sabe o mais glutão do time seja o atacante reserva Nilmar, que por sinal é o mais light de todos. Entrou no decorrer do jogo e ofereceu um cardápio de jogadas de dá água na boca.
Para uma seleção que chegou com fama de papa-tudo, hoje diante da Coreia do Norte apenas comeu como um canário. Quem sabe para o próximo jogo a seleção canarinho nos mostre de entrada belas jogadas e como prato principal muitos gols e de sobremesa, que tal um chocolate?

sexta-feira, 11 de junho de 2010

África do Sul 2010

E mais uma Copa do Mundo iniciou hoje. Essa é minha oitava Copa. Acompanho os jogos do mundial desde 1982 quando ainda tinha apenas onze anos de idade. Nossa! Estou ficando velhinho. Acompanho pela televisão é claro. Por enquanto acompanhar os jogos in loco é um sonho, um sonho que talvez se realize em 2014 quando o Brasil sediar os jogos pela segunda vez.
E muita coisa mudou no mundo do futebol, na maneira de se transmitir um jogo, na maneira de se jogar o jogo, agora um futebol sem o encantamento e o brilho daquela seleção brasileira de 82. O que se vê nas quatro linhas são seleções muito pragmáticas esperando um erro do adversário para então prepararem o bote.
A propósito, no jogo de abertura no belo estádio Soccer City os “filhos do Mandela” por muito pouco não conquistaram a vitória diante dos mexicanos.O jogo, bem, esse foi bem burocrático. Não fosse o entusiasmo dos torcedores Sul-Africanos que não param um só minuto de cantar e vuvuzelar e também dos atletas da África do Sul, teria sido só mais uma partida de Copa do Mundo.
Os jogadores Sul-Africanos chegaram ao estádio dançando e cantando e não desafinaram enquanto estiveram em campo embalados pelo som retumbante das vuvuzelas. De cara, me identifiquei logo com o jogador Tshabalala – autor do gol – que mais parece um integrante da banda Timbalada. Cabeludo, talentoso e muito aplicado taticamente.
. Torci por eles como se fosse um próprio Sul-Africano. O povo africano merece sorrir, pois, durante muitos anos eles só derramaram lágrimas e o futebol pode lhes dá esse sorriso que o ex-presidente Mandela tanto lutou para tatuar na face de cada cidadão daquele país.
Que nos próximos jogos da África do Sul a vitória possa dar o ar da graça e que a segregação racial existente por lá fique definitivamente de escanteio.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Meu herói... meu bandido

Já escrevi para os meus filhos, para irmão, para minha mamãe, para amigo, mas faltava ainda escrever pro senhor. Vou escrever esse texto ouvindo a música Pai, sabe por quê? Porque muita coisa que ele canta nessa música aconteceu com a gente.
Ninguém sabe e nem nunca viu, mas todo ano no dia dos pais coloco essa música pra tocar e não consigo conter as lágrimas. Passa sempre um filme, um longa metragem na minha cabeça, em trinta e nove anos muitas coisas boas e ruins aconteceram, então é difícil não chorar.
Lembro que quando era moleque tinha o sonho de ser jogador de futebol – assim como todo moleque daquela idade – e o senhor várias vezes, ouvindo aos meus pedidos, me levou para treinar nos clubes aqui de Manaus. E o senhor acreditava muito naquele baixinho magrelo. Lembro da gente cortando caminho por dentro do cemitério para chegar mais rápido lá no Nacional Clube. O senhor lembra disso? Pois é, cortamos caminho, encurtamos a distância, mas eu fracassei e o meu sonho ficou lá onde cortávamos caminho, mas nem por isso o senhor me criticou.
Na primeira vez que disputei os jogos estudantis – as Olimpíadas dos estudantes – o senhor estava desempregado e com todos os problemas do mundo desabando na sua cabeça, mas não demonstrava, a figura de um homem forte é o que ficou na minha retina e sempre que pôde me acompanhou nos jogos, ah! Como eu achava legal, me achava na obrigação de fazer um gol. Queria marcar o gol e correr para os seus braços, mas a minha frieza glacial não me permitia fazer isso.
Outra lembrança forte que tenho envolve futebol também. Estávamos lá no Estádio da Colina pra assistir a Flamengo e Rio Negro pelo campeonato brasileiro de 86, eu acho. O estádio estava lotado, eu jamais levaria o meu filho num jogo daquele, mas o senhor me levou porque sabia que eu adorava futebol. Nunca tinha visto tanta gente reunida num lugar só, lá no meio da galera o medo foi tomando conta de mim, achava que aquilo ali ia desabar, olhava pro senhor e o homem forte tava ali, implorei pra sair dali, mas o senhor segurou a peteca e me protegeu.
Quando a mamãe esteve à beira da morte, olhava ao redor e todos estavam fragilizados, então olhava para o senhor e lá estava aquele homem forte, parecia que nem era com o ele. Só Deus sabia como ele estava se sentindo naquele momento.
Hoje me pergunto: De onde será que vem tanta inteligência emocional? Sinceramente não sei, ou sei? Na verdade acho que vem de uma infância dura, um caminho rodeado de espinhos e cacos de vidros, poucos recursos financeiros e afeto quase nenhum. Foi descobrir o que era beijo e abraço com a primeira namorada.
Começou a trabalhar muito cedo e teve sua infância roubada, teve que amadurecer e virar o homem da casa, já que o pai, sabe Deus por onde esse andava.
Acredito eu que tudo isso tenha contribuído para torná-lo forte e resoluto ao mesmo passo em que dar vazão aos sentimentos, externar suas angústias e seus medos o inibe ao ponto de passar uma imagem estóica, de quem não tem amor no coração.
Mas nos últimos anos a imagem de herói foi ficando arranhada, nossas diferenças ficaram ainda mais latentes e o menino aqui cresceu e viu coisas que não concorda e o senhor sabe do que estou falando. Minha mãe não merecia e nem merece passar...Enfim, apesar de tudo que tem acontecido nos últimos anos, ainda quero guardar a imagem do herói e não do bandido.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Alaga-me

Lânguida obscenidade
Um Amazonas em minha jangada
Inda te quero
Zeus meu, alagando-me
Antes do grito da alvorada


Estou participando de um concurso de poesia com o poema acima.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Gringa no Samba

E o pagodão tá rolando
Embalado pelos ases
Ela vem se aproximando
Ensaiando alguns passes

De olhos azuis e pele branca
Nem parece uma estranha no ninho
Vem gingando, vem gingando
Só no sapatinho

De repente seguro sua mão
E a puxo para bailar
Ela diz, “I’m sorry, eu não saber dançar”

Eh, sujou...gringa no samba é pra acabar
Pra dançar como as brasileiras
Ela vai ter que se rebolar

Bem, seu molejo já dizia tudo
Essa branquela de “All Star”
Parece mesmo de outro mundo

Brevemente vocês estarão ouvindo esse pagode em todas as rádios locais. rsrsrs

terça-feira, 1 de junho de 2010

Em ponto de bala

Não vejam esse texto como uma apologia a violência.
Cuidado, muito cuidado com essa mulher. Ela está com um três oitão (38) cano longo e cheio de balas no tambor. Ela não empresta, não dá e muito menos vende essa máquina. Dizem que o três oitão dela nunca bateu catolé, nunca falhou. É ainda melhor que um 22. Está sempre com uma bala na agulha, duvida? Experimenta apertar o gatilho.
Segundo ela, essa foi a única arma de fogo que ela teve que nunca negou fogo. É um 38 especial, fabricado por encomenda. 38 como esse não se encontra por aí. Tanto é que ela cuida dele com muito esmero, troca as balas – pra não esfriarem – pelo menos umas três vezes por semana. Trocar balas é com ela mesmo, adora um fogo cruzado, um tiroteio, o cheiro de pólvora, o barulho do tiro.
A manutenção é a alma do negócio filosofa ela. Dessa forma você o mantém calibrado, não tem dor de cabeça, melhora a pele e faz com que o aço inoxidável brilhe ainda mais.
E um três oitão bem calibrado, não é gente, é tudo que uma mulher precisa.
Tomara que a Rosângela não leia esse texto, pois acho que ela não vai concordar com tudo isso. Rsrsrs. Texto redigido há um ano quando completei 38 anos. No último dia 27 completei 39.
E vocês mulheres, preferem ouro 18 ou um coroa de 38?