sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Subindo o morro



Estava revendo fotos antigas e essa me roubou alguns minutos. Essa me parece uma boa metáfora da vida. Às vezes tenho a impressão que estamos sempre subindo um barranco. E cada um encara a subida de acordo com suas leituras de mundo, suas perspectivas de vida e seus "eu".
Antes da minha filha, subiram outras pessoas da família. fui o primeiro. Subi rindo das dificuldades do terreno. É bem assim que encaro a vida. Quanto mais dificuldade, mais eu rio.
Depois subiu meu pai. Subiu reclamando de quão íngreme era o morro. Papai envelheceu e vive reclamando de tudo.
Subiu minha irmã. Parava, respirava, continuava, fazia um comentário, reclamava. Nunca frequentou uma academia.
Subiu meu filho na velocidade do Usain Bolt. Jovem adulto, vive tudo muito intensamente.
Por último subiu a Larissa. Subiu rindo, cantarolando, brincando. Provavelmente foi a única que apreciou as coisas boas que estavam em volta, como por exemplo, o Rio Negro ali no fundo.

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